sábado, 8 de novembro de 2008

Solidariedade à dor alheia


A capacidade de identificar e compartilhar o sentimento de outra pessoa é uma das características mais impressionantes da nossa espécie.

Imagine alguns antílopes confortando uma antílope mãe, após seu filhote ter sido caçado por leões!!!

Nossa espécie é a única que conforta seus semelhantes na dor. Somos capazes de identificar a dor do outro e sentir fisiologicamente o que este outro deve estar sentindo.

Se o vizinho com quem nunca falamos antes perde um filho jovem, somos capazes de chorar pela dor que ele deverá estar passando.

Em algum momento da nossa evolução passamos a ter comportamentos que vão além dos mínimos necessários para simplesmente comer e reproduzir. Pelo menos comportamentos diretos para estes fins.

Funcionou assim:
Em algum momento da nossa vida ancestral, os indivíduos que tinham a capacidade de se solidarizar deixaram mais descendentes do que aqueles que não se solidarizavam. Até o ponto que os últimos praticamente desapareceram. Portanto ser solidário, ser capaz de sentir o que o outro está sentindo, passou a ser mais vantajoso evolutivamente falando, do que não o ser.

Nenhuma outra característica nos tornou mais “homo sapiens sapiens” do que esta. Nada nos distingue tanto entre os outros animais, do que ser capaz de confortar um de nós que sofre.

As pressões evolutivas que forjaram a empatia, a solidariedade nos humanos, acabaram por criar um das dinâmicas comportamentais mais impressionantes da evolução.

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