quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Comentário sobres as enquetes ao lado


Na enquete da "casa em chamas" me surpreende as pessoas que não salvariam seu filho e sim seus sobrinhos mesmo sendo percentualmente pouco numerosas . Não estou dizendo que seja um absurdo. Na verdade é admirável e me parece que em se tratando de comportamentos humanos temos que falar sempre em pré disposições, tendências e estatísticamente mais provável...ou coisa parecida pois é difícil ver uma enquete com boa elaboração que não apresente um número de respostas que surpreendam até mesmo um psicólogo evolucionista como eu.

Na outra enquete o que me chama a atenção é que apenas um número pequeno de pessoas supõem que o psicoterapeuta "vai se tornar um conselheiro bem objetivo". Por que um conselheiro bem objetivo não seria uma ótima idéia? Não seria essa a melhor ajuda que um psicoterapeuta poderia dar para clientes com nível mínimo de maturidade?

Há uma necessidade da terapia oferecer ferramentas para o sujeito chegar a suas próprias conclusões. Mas um bom papo, um papo franco, com conselhos objetivos e se explicando o porquê se chegou a esta ou aquela opção, é ainda mais potente para dotar o cliente de ferramentas. E ainda, o conselho do terapeuta é um conselho apenas e não uma ordem. Podemos dar um conselho ruim e o cliente deve saber que esta possibilidade pode acontecer. Assim como aprendi com minha mestra Eloísa(Lita)Vidal que um psicoterapeuta nunca deve se apaixonar pelas suas hipóteses e que essas devem ser construídas como "castelos de areia" e não de "cimento", o mesmo se aplica aos conselhos.

Atualmente quando ouço de um psicoterapeutas que não opina, não da sua opinião pessoal, este me parece inseguro e irreal. Não há uma boa teoria que justifique esta prática.