domingo, 10 de fevereiro de 2008

Volta às aulas: bullying


Um assunto que deve ser estudado por Psicólogos clínicos é o chamado bullying termo que se refere às provocações, humilhações, agressões e isolamento sofridas pro um, ou um grupo de alunos por outro, ou outro grupo de alunos na escola. Ainda que o termo possa ser usado também quando este comportamento ocorre em empresas me parece que a ocorrência no ensino primário e médio é mais preocupante.

Uma importante hipótese da genética comportamental especula que a personalidade de uma pessoa adulta mensurável em teste de QI e de preferências pessoais, é forjada em até 45% pelas relações com grupos de amigos, colegas, panelinhas, grupos de iguais e gangues. (Ver no Blog os posts “De onde vem temperamentos e talentos dos filhos?” e “Genética comportamental pelo Prof. Marco Montarroyos Calegaro I, II e III”).

Ainda que seja uma hipótese, 45% parece mostrar que mesmo que seja um pouco menor a variação da influência do grupo de colegas o cuidado da escola em atentar aos exageros e a prevenir o bullying parece ser fundamental. E cabe aos pais cobrarem a posição da escola em relação a este problema, tanto quanto se dá normalmente ao nível do ensino.

Nós Psicólogos, somos procurados por pais preocupadíssimos geralmente no final do ano letivo quando descobrem que seus filhos estão à beira da repetência. Me parece mais determinante e preocupante os efeitos do bullying do que o desempenho escolar. O bullying é capaz de causar danos maior no desenvolvimento de crianças do que um fraco desempenho escolar. E não importa aí o lado em que a criança está do bullying. Ser humilhado ou ter que ser um tirano de forma constante e institucionalizada me parece serem duas faces ruins da mesma moeda.
A atenção de pais aos estado de espírito de seus filhos, devem se dar desde o começo do ano principalmente quando da entrada em uma nova escola.

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